Wednesday, November 12, 2014

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De acordo com o Censo Ead.Br 2013, a evasão de alunos é apontada pelas instituições como um dos maiores obstáculos na EaD. Segundo o censo, a evasão de alunos de cursos totalmente on-line, chega a 19,06% em instituições de nível superior. Uma outra pesquisa realizada pelo site Online Colleges, revela que entre os problemas apontados pelos alunos de cursos à distância, em segundo lugar, com 24%, aparece a comunicação inconsistente por parte dos professores e tutores.
Para Moran (2011), a maioria dos alunos não está preparada para conduzir os estudos a distância sem supervisão direta. Muitos alunos, entram em um ambiente virtual e se sentem desorientados, sem um contato face-a-face com um professor e outros colegas. Portanto, percebe-se que uma evidente sensação de presença social por parte do professor e demais colegas de curso é desejável para uma experiência de ensino e aprendizagem de sucesso. Com o crescimento acelerado da procura por cursos na modalidade on-line, muitas instituições, gestores e designers ainda pecam em construírem um curso de modelo herdado do fordismo, cuja interação entre aprendizes e entre aprendizes e professor, quando há um, é mínima.
Mattar (2012) acredita que um modelo pedagógico conectivista para cursos on-line é mais apropriado para a o momento atual, em que vivemos em redes. Passadas três gerações de pedagogias diferentes, a behaviorista, a cognitivista e a socioconstrutivista, a pedagogia conectivista coloca o aluno no centro do processo e faz com que o conhecimento gerado seja colaborativo, por meio das redes e conexões estabelecidas entre todos. Para Mattar (2013) nada mais justificável que uma aprendizagem nestes moldes, já que “ a cultura da Web 2.0 considera o usuário também como um autor, ou seja, ele acessa mas também remixa e produz conteúdos, que por sua vez são lançados de volta à rede para acesso e retrabalho por outros.”
O conectivismo, portanto, não vê o professor como único provedor de conteúdo e informação, a colaboração dos alunos é essencial na estruturação e desenrolar do curso. Desta interação e colaboração surge o conceito de inteligência coletiva (IC), ou seja, pessoas agrupadas agindo de forma coletiva que parece ser inteligente. Segundo o conectivismo e ideia de inteligência coletiva, o conhecimento não está mais somente entre os indivíduos, mas ele se potencializa pelo uso de máquinas. Segundo Mattar (2012) , o papel do aprendiz não é mais "memorizar ou mesmo entender tudo, mas de ter a capacidade de encontrar e aplicar o conhecimento onde e quando necessário. O coletivismo assume que muito do processamento mental e resolução de problemas pode e deve ser descarregado em máquinas."
Texto: Carla Arena e Vinicius Lemos
Projeto
Pensando nos princípios da Inteligência Coletiva e do Conectivismo, Carla Arena e eu elaboramos um plano de tutoria voltado para um nanocurso fictício sobre Presença Social Online, dividido em dois módulos diferentes. Hospedamos o curso fictício no Wordpress, e várias ferramentas colaborativas da Web 2.0 foram utilizadas para potencializar a colaboração e construção coletiva do conhecimento, assim como tornar a aprendizagem sobre presença online mais eficaz e significativa. Além do cuidado com os detalhes do plano de tutoria, decidimos elaborar o nanocurso como se ele realmente fosse oferecido a um público real. Elaboramos todas as atividades com referências, arquivos, tabelas, links e ferramentas que pensamos em utilizar. 

Referências deste post:
ARANTES, V.A.; MORAN, J. M.; VALENTE. J.A. Educação a distância: Pontos e Contrapontos. 1. ed. São Paulo: Summus, 2011. Disponível em <http://www.onlinecolleges.com/infographics/profile-online-college-student.html>
Censo EaD.Br 2013. Associação Brasileira de Educação a Distância- ABED. São Paulo, 2014.
MATTAR, João. Tutoria e interação em educação a distância. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

MATTAR, João. Web 2.0 e redes sociais na educação. São Paulo: Artesanato Educacional, 2013.

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