Wednesday, November 12, 2014

3.


Na hora de elaborar meu projeto final na disciplina Design Instrucional, ministrada pela professora Andrea Filatro, a escolha do tema Sala de Aula Invertida aconteceu de forma natural e intencional, uma vez que é uma prática inovadora, está sendo amplamente divulgada e discutida, e que de certa forma poderia me oferecer embasamento e insights para minha própria atividade profissional como Supervisor dos Cursos Online na escola de inglês Casa Thomas Jefferson (Brasília-DF).
O desafio do projeto era associar o tema Sala de Aula Invertida com o trabalho do Designer Educacional na hora de conceber/planejar um curso ou uma aula. Para aprofundar meu conhecimento sobre ambos os temas, pesquisei artigos, acessei páginas da web e li alguns livros.
Uma das leituras mais prazerosas e ricas que tive foi a obra Um mundo, uma escola-a educação reinventada, escrita pelo Salman Khan, uma das referências mais populares quando o assunto é Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom). Khan defende que deve haver uma quebra de paradigmas e que velhos hábitos centrados no professor devem ser abandonados. Para ele a sala de aula deve se parecer mais como um ambiente de um café, onde todos se sentam em volta de uma mesa e se comunicam simultaneamente, e menos como uma igreja, onde todos estão em silêncio, não interagem e focam toda sua atenção em um determinado ponto e em uma única pessoa. Ao ler a obra inteira o leitor conhece como nasceu e como funciona a sua organização Khan Academy, responsável por democratizar e descomplicar o aprendizado de algumas disciplinas escolares através de vídeos gratuitos disponibilizados na internet.
Nas minhas leituras aprendi também que o a lógica de sala de aula invertida, apesar de ser considerada uma "inovação" nas práticas pedagógicas, não é um processo novo. Esta ideia foi reforçada pela professora Vani Kenski na mesa redonda Educação sem distância e seu virtual futuro, durante o 20º CIAED, ao mencionar que o aluno ir para casa e estudar sozinho, lendo um livro e fazendo tarefas já significa estar aprendendo fora do ambiente escolar, uma das principais características do método Sala de Aula Invertida.
Também foi interessante conhecer estudos que comprovaram que a lógica Sala de Aula Invertida é eficaz e eleva os níveis de aprendizagem, e não apenas um modismo. A Stanford University também já divulgou um estudo recente que propõe que um modelo ainda mais eficaz é o que "inverte" a inversão da sala de aula. Segundo este estudo, um primeiro contato com a disciplina de forma prática, indicou um aprendizado 25% maior.
Estes e outros assuntos pertinentes foram abordados no meu Pecha Kucha,  um formato de apresentação bem dinâmico que consiste em um número fixo de 20 slides que mudam automaticamente para o próximo a cada 20 segundos. O Pecha Kucha é apresentado ao vivo diante de uma platéia. Tive a oportunidade de apresentar o meu durante o 10º SENAED em uma apresentação especial que reuniu alguns dos alunos matriculados no programa de Pós-graduação em Inovações em Tecnologias Educacionais pela Universidade Anhembi-Morumbi. Preparei, porém, uma gravação especial do meu projeto, simulando um Pecha Kucha. Fui fiel ao texto original e segui todas as regras deste modelo de apresentação. Assista à gravação e conheça um pouco mais sobre a metodologia Sala de Aula Invertida:




Confira agora um exemplo de material elaborado para o componente on-line de uma proposta de aula nos moldes da sala de aula invertida. Este foi um projeto da disciplina Fundamentos da Tecnologia Educacional e Educação a Distância, ministrado pela professora Susane Garrido. A ferramenta utilizada foi o Educreations e busquei seguir o modelo das aulas produzidas pela Khan Academy e a Stanford University.  Neste modelo é utilizado um quadro com imagens, textos e anotações do professor, e todas as explicações são narradas pelo professor. 

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